sábado, 10 de setembro de 2011

Lições de Didática. Resumo dos capítulos 1 e 2.


1. Ensinar: uma atividade complexa e laboriosa.
Ilma Passos Alencastro Veiga.
 
Ensinar é o modo de orientar a aprendizagem e criar cenários mais formativos entre docentes e estudantes. É um modo de trabalho que reúne professor, estudante e o conhecimento.
Existem várias teorias que analisam o processo de aprendizagem. As teorias de ensino são: cognitivista, artística e sociocomunicativa.
Na teoria cognitivista o ensino é analisado como um processo de tomada de decisões, onde a ação de ensinar esta baseada na personalidade pensante e interveniente do professor como responsável pela ação de ensinar.
Na perspectiva da teoria artística o ato de ensinar é uma tarefa de dupla face artística: estética e poética. O ensino concebido como arte requer originalidade e deve envolver os seguintes princípios: irrepetibilidade da atividade, potencialidade intuitiva, perseverança e sensibilidade e estética.
A teoria compreensiva de ensino explica que o ensino compreensivo deve ser apresentado como uma prática singular, transformadora e contextualizada.
A teoria sociocomunicativa compreende que o ensino é um processo interativo-comunicativo, orientado por intencionalidades formativas.
As perspectivas teóricas sobre o ensino têm sido revisadas, reconfiguradas e ampliadas. Essas teorias têm grande incidência sobre o processo didático.
Cada professor possui sua concepção de ensino. Para muitos ensinar é um ato intencional exige uma direção, deve ser sistemático e flexível que visa à obtenção de determinados resultados.
Ensinar significa interagir, compartilhar e implica em interações concretas entre pessoas. Ensinar exprime afetividade favorecendo uma troca entre professor e aluno. O professor precisa contar com a colaboração e a confiança dos alunos para consolidar o sucesso de educar. Essa relação com os alunos depende de muitos fatores não afetivos como os fatores sociais, econômicos, culturais, pedagógicos e os ligados às condições de trabalho.
Ensinar pressupõe construção de conhecimento e rigor metodológico, também exige planejamento didático, pois o ensino é uma atividade organizada e planejada. Cabe ao professor a responsabilidade de planejar o ensino de forma participativa, considerando as demais dimensões do processo didático.
O ensino é complexo, é uma tarefa humana, tem desafios de dimensão afetiva, do compartilhamento, da interação; apresenta, enfim, o desafio de seu papel cognitivo, pelo fato de permitir que cada aluno construa seu conhecimento.


2. A dimensão intencional do ensino.
Maria Eugênia Castanho.

A educação é um processo intencional, planejado, preparado, predisposto e só pode ser entendida no contexto das relações sociais de que nasce. A educação como prática formal torna-se ensino aprendizagem, pressupondo agentes especializados, professores, juntamente com os alunos nas escolas.  
O objetivo da educação são as mudanças esperadas como consequência da ação educativa nas pessoas e grupos sociais. As intenções educativas dizem respeito à relação entre professores, escolas e os objetivos formulados. Numa forma mais ampla a educação é o processo de inserção de pessoas no mundo cultural, com tríplice objetivo que corresponde a três tipos de intenção.
O primeiro objetivo é técnico e corresponde a uma intenção instrumental, o segundo objetivo é consensual com intenção comunicativa. Por fim o objetivo político-cultural que tem a intenção educativa.
As intenções educativas expressam-se em três níveis:
Empírico: é a vida cotidiana, que busca articular respostas aos desafios do dia a dia.
Racional: dados estão relacionados entre si pela mediação de conceitos. É um nível mais elevado, corresponde ao conhecimento por ciência. Esse nível visa soluções mais amplas do que as puras respostas empíricas.
Teórico: tudo se relaciona com tudo. A intenção educativa corresponde a mais ampla visão possível, postula mudanças estruturais que visem à libertação do homem diante da opressão/repressão.
As soluções propostas em cada um desses níveis são os objetivos educacionais. Dessa maneira os objetivos educacionais referem-se a mudanças individuais, institucionais e estruturais.
Para a definição das intenções educativas pode-se utiliza fontes de natureza: psicológica, epistemológica dos conteúdos, socioantropológicas, prático-pedagógicas. Essas intenções estão vinculadas aos sistemas de valores e ideologia da sociedade.
No longo percurso para se estabelecer as intenções de ensino deve haver um equilíbrio entre o professor e a sociedade. É um equilíbrio difícil e necessário da divisão de competências dessas duas ordens tem grande repercussão no planejamento e desenvolvimento dos processos educativos que ocorrem na escola.
Existem vários caminhos para se definir as intenções de ensino. Basicamente a tarefa depende de dois tipos de decisões.  Do grau de concretização dos enunciados, que podem variar em três eixos: o das explicações, o do tempo requerido e da generalidade/especificidade. E dos caminhos para a concretização das intenções. A importância que se confere a cada um desses elementos leva a três caminhos diferentes na formulação e concretização das intenções educativas:
Os resultados de aprendizagem: supõe tomar como processo a aprendizagem que o launo deve ter realizado;
Os conteúdos: é um dos possíveis caminhos para de concretizar os objetivos. A proposta mais promissora é uma solução mista: resultados esperados e conteúdos;
Pelas atividades: trata-se de identificar as atividades de maior valor educativo intrínseco e favorecer a participação do aluno nessas atividades.
Esses três caminhos apresentados isoladamente não cumprem a tarefa de concretizar as intenções educativas. Traçar objetivos pensando apenas em resultados é um procedimento ineficiente, porque os meios contam tanto quanto os fins.
Apesar de todas diferenças sociais existentes no ensino é possível indicar alguns princípios que podem contribuir para o trabalho dos educadores:
  1. A unidade da ciência e da pluralidade das culturas.
  2. A diversificação das formas de excelência.
  3. A multiplicação das chances.
  4. A unidade no e pelo pluralismo.
  5. A revisão periódica dos saberes ensinados.
  6. A unificação dos saberes transmitidos.
  7. Uma educação contínua e alternada.
  8. O uso de técnicas modernas de difusão.
  9. A abertura na e pela autonomia.
Ensinar não é tarefa fácil. Mas quem disse que educar pessoas tem a ver com facilidade? Caminhar em direção ao que é mais elevado é sempre mais difícil.


2 comentários:

  1. Ual!!! Já??? Isso é que são alunas pró-ativas...
    Valeu!!!

    Os destaques apresentados são coerentes com o texto, mostrando que não só pegaram o que estava escrito no livro, mas destacaram de fato os pontos principais destas autoras.

    No início, vi que só registraram 3 teorias: "As teorias de ensino são: cognitivista, artística e sociocomunicativa.". Faltando pois, a "Teoira Compreensiva". Todavia, abaixo, vi que descreveu, estando coerente com os autores.

    Atividade computada e muito bem meninas, vocês estão levando a sério a disciplina.

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  2. Ao ler - Faltando pois, a "Teoira Compreensiva" -, leia-se: Faltando pois, a "Teoria Compreensiva".

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